Coreia do Norte – Vida e Costumes (Parte 7)

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Quando falamos da Coreia do Norte, automaticamente, nos lembramos dos Grandes Líderes, do regime extremamente fechado e de outros aspectos que envolvem a política e seus governantes. Mas, afinal, como vivem as pessoas do país? São felizes? Como se alimentam? Como é o casamento norte-coreano? O que eles fazem nas horas vagas? Como é a carreira profissional? Essas e muitas outras curiosidades foram sanadas na minha viagem.

Alimentação

Todas as famílias recebem uma cesta básica com um kit que, segundo a guia, é o suficiente para a subsistência de todos os moradores da casa. Esse kit é dado por moradia, levando em consideração o número de pessoas que vive nela, e é entregue uma única vez no mês, contendo, basicamente, arroz e alguns vegetais. Não inclui carnes nem outro tipo de alimento mais elaborado, sendo apenas o básico para a subsistência mesmo. Os trabalhadores do campo, por precisarem de mais calorias, recebem uma dose extra de arroz.

Jantar da primeira noite. Mesa farta e tudo feito com muito capricho. Foto: Arquivo pessoal

Todas as refeições que fiz na viagem, com exceção do café da manhã (sempre no hotel), foram em restaurantes diferentes, sempre com decoração inusitada. Em todas as ocasiões, o restaurante estava vazio, eu e minha esposa éramos os únicos no local, com exceção de uma vez ou outra que cruzamos com um turista russo solitário. Eu também estranhei o fato de o restaurante ser sempre no segundo andar de um prédio, com uma loja no primeiro andar para os norte-coreanos. Nunca, em nenhum momento da viagem, vi um norte-coreano fazendo compras nelas, assim como não os vi jantando em qualquer restaurante em que fomos.

Perguntei para as guias se os norte-coreanos tinham o hábito de ir a restaurantes e ela me falou que sim, especialmente nos finais de semana. Segundo ela, em um sábado normal, aquele restaurante estaria lotado (o que não pude constatar), mas, durante a semana, preferiam comer em casa, com a família. Ela também falou que uma das coisas que mais gostava era de, pelo menos uma vez ao mês, jantar em uma churrascaria de patos, que inclusive, nos levou para conhecer.

Churrasco de Pato. Foto: Arquivo Pessoal

Embora a guia tenha tentado mostrar que frequentar restaurantes era acessível a qualquer cidadão, desconfio se essa é realmente uma prática comum entre os norte-coreanos. Sobretudo, porque os restaurantes, inclusive a churrascaria de patos, eram todos da KITC (Korean International Travel Company), a agência de turismo estatal voltada apenas aos turistas, o que me faz pensar que não são abertos ao público, mas apenas a um grupo seleto de pessoas. Outro aspecto importante é que as pessoas recebem um salário realmente muito baixo, que não dá para praticamente nada. Quanto aos guias, recebem gordas gorjetas de turistas, o que proporciona a eles um tremendo privilégio em relação aos demais.

Normalmente, o prato principal era arroz com vegetais, alguma carne e um molho para dar gosto à comida. Foto: Arquivo pessoal

Nossa mesa era sempre farta, com uma tremenda variedade. Além de diversos tipos de vegetais, tinha porco, peixe, frango e pato em praticamente todas as refeições, bem como diversos tipos de bolinhos de arroz e algum ensopado. Um prato típico deles é uma acelga bem apimentada que só consegui provar no primeiro dia. Quando perguntei para a guia se as pessoas comuns costumavam comer essas comidas, ela me falou que sim. Porém, como não condizia com o que ela disse sobre a cesta básica que eles recebem, depois complementou dizendo que não era algo do cotidiano, mas que, em algumas ocasiões especiais, faziam uma mesa farta e variada como a que desfrutamos todos os dias.

Relacionamentos

Os norte-coreanos são livres para namorar e casar com quem quiserem. Segundo a guia, não há problema algum em manter-se solteiro, tanto homens como mulheres. No entanto, o divórcio é muito malvisto e extremamente raro de acontecer. Uma das guias estava namorando há três anos e ainda não queria casar, pois sabia que seria um caminho sem volta, embora seu namorado esteja insistindo bastante.

Sessão de fotos de um casal no dia do casamento. Foto: Arquivo pessoal

A partir do momento em que o casal resolve se casar, o noivo deve ir até a família da noiva e conversar para acertar todos os detalhes do casamento, como festa, vestido, cerimônia e a futura residência.

Como não existe propriedade privada, os noivos deverão optar entre morar na casa da família do noivo ou na casa da família da noiva. No geral, cada casa deve estar preparada para abrigar até oito pessoas. A partir da nona pessoa, a família poderá solicitar ao governo um pedido de nova casa. O governo irá estudar a solicitação e, em um próximo processo de entrega de casas, essa família poderá receber uma nova moradia, com local determinado pelo governo.

As casas populares são rudimentares, mas os norte-coreanos tentam deixá-las com bom aspecto pintando-as com cores diferentes. No entanto, a tinta é muito fraca, apenas uma demão é aplicada e a cor acaba lembrando cal tingida. O resultado é uma pintura toda falhada que não me parece ser por relaxo, mas por falta de recursos.

Cerimônia de entrega de casas. Vídeo: Arquivo pessoal

A cerimônia do casamento consiste, basicamente, de um belo vestido colorido, para a noiva, e de um terno ou uniforme de gala do exército (se for militar), para o noivo. Não há cerimônia religiosa, mas, como os Grandes Líderes são tidos como uma espécie de divindade, os noivos deverão ir aos pés da sua estátua para prestar respeito e reverência. Posteriormente, eles darão uma festa para toda a família, além de registrarem o novo estado civil nos documentos.

Vestidos usados em cerimônias ou eventos importantes. Foto: Arquivo pessoal

Norte-coreana em vestido típico. Foto: Arquivo pessoal

Diferentemente de qualquer outro cidadão, a esposa tem o direito de decidir se quer ser dona de casa. Ela não terá nenhum salário, no entanto, receberá a cesta básica do governo para sua família normalmente. As donas de casa têm um papel muito interessante na Coreia do Norte. Voluntariamente, se juntam em grupos, que podem chegar a quase uma centena, em diversos pontos da cidade, para fazer coreografias e danças pela manhã. O objetivo é dar algum ânimo e encorajamento a quem está indo para o trabalho.

Embora eu tenha achado as coreografias superlegais, confesso que também achei deprimente. Como o regime retira qualquer tipo de possibilidade de sonho e ambição nas pessoas, elas acabam vivendo quase de forma vegetativa, sem nenhum plano ou ânimo – e você vê isso no rosto delas na rua. Todos os dias, levantamos e vamos trabalhar motivados pelos nossos sonhos, pelas contas que temos que pagar, de coisas que adquirimos e que muito queríamos, mas eles não têm isso. Então, para ter algum tipo de ânimo pela manhã, as donas de casa fazem as coreografias. Independentemente da temperatura ou clima, estão sempre lá, dedicadas na missão.

Outras optam por se voluntariar para a limpeza e organização da cidade. Você nunca irá encontrar uma única folha de árvore caída sobre a rua. Em todos os lugares, de qualquer cidade (incluindo as do interior), você poderá ver muita pobreza, casas precárias, com acabamento e pintura extremamente simples. No entanto, as ruas estarão impecavelmente limpas. Vi pessoas varrendo a autopista e outras varrendo a neve. É quase uma obsessão.

Pessoas varrendo a neve na estrada para tirar folhas que caíram. Foto: Arquivo pessoal

Carreira

Todos os norte-coreanos recebem educação fornecida pelo Estado. Após completarem 17 anos, terão de fazer uma escolha importantíssima: sua carreira. Não existe a opção de não trabalhar, todos precisarão escolher entre ser militar, trabalhador ou graduado.

Caso escolha ser militar, basta informar ao governo sua intenção e será empregado pelo Estado. Se escolher ser “trabalhador”, deverá informar ao governo as profissões em que tem interesse, como motorista, pintor, guarda de trânsito etc. O governo irá analisar o que o país precisa e irá direcioná-lo para uma das funções sugeridas, para atuar próximo de sua residência, preferencialmente, mas não necessariamente. Antes de começar a trabalhar, precisará fazer uma prova de aceitação para o cargo e, se aceito, realizar um curso técnico na área para treinamento. Só depois disso, poderá finalmente começar a exercer sua função.

Militares voltando do trabalho. Foto: Arquivo pessoal

Se a pessoa opta por ser um graduado, poderá escolher entre diversas profissões, como médico, engenheiro, professor etc. Neste caso, terá três chances (uma por ano) para prestar uma prova de aceitação para o curso, como um vestibular. A guia, formada em Turismo pela Universidade de Pyongyang, disse que essa prova não é nada fácil e que é preciso se dedicar muito aos estudos para passar. Se a pessoa for reprovada nas três tentativas que o governo concedeu, não poderá mais tentar esse vestibular e precisará escolher entre ser um trabalhador ou um militar.

Segundo a guia, entre as três opções, o trabalhador é o melhor remunerado, embora a diferença de salário de um para o outro não seja muito grande. Eles também recebem uma porção maior da cesta básica, especialmente arroz, pois consomem mais calorias em suas atividades.

Trabalhador Rural. Foto: Arquivo Pessoal

Eu tentei – de todas as formas não invasivas – descobrir quanto é o salário de cada profissão, mas a guia não estava muito confortável em falar disso. No entanto, perguntei o que a pessoa poderia comprar com o salário, como uma forma de tentar comparar com a nossa realidade.

A guia começou dizendo que todo o necessário eles ganham do governo: saúde, educação, comida e roupas. Para as crianças, o uniforme, material escolar e tudo o mais. Sendo assim, segundo a guia, o salário é, basicamente, para pagar água e luz (os únicos serviços que eles pagam com o próprio salário) e comprar algo que queiram, como alguma roupa ou cosméticos, por exemplo.

A guia estava usando um casaco muito bonito, então minha esposa perguntou se ela tinha comprado na RPDC. Ela respondeu que não, que sua irmã, contratada de uma empresa chinesa na RPDC, trouxe da China. O valor: cerca de 100 dólares. Perguntamos, então, por que ela não comprou um casaco semelhante na Coreia do Norte e ela disse que, como tudo o que é feito lá é de altíssima qualidade e com preço muito baixo e acessível (o mesmo casaco, porém muito melhor, segundo ela, custaria algo em torno de 20 dólares na Coreia do Norte), era muito difícil encontrar casacos para venda, pois eram feitos em poucas quantidades para não perder a qualidade. Sinceramente, essa resposta não me convenceu. Ficou evidente que eles não têm uma produção que atenda à demanda ou, talvez, nem haja demanda que justifique uma produção em massa. A guia ainda fez questão de complementar dizendo que existem lojas que vendem bolsas Louis Vuitton, Gucci, Burberry e diversas grifes caríssimas. Comentei que uma bolsa da Louis Vuitton de tamanho normal custaria algo como dois mil dólares e a guia falou que lá era muito mais barato – o que me faz crer que estamos falando de material pirata e que, segundo outras fontes em que me informei, a China tem levado muito material falsificado para ser vendido para a elite norte-coreana, com enorme sucesso.

Trabalhadores jogando baralho no horário de almoço. Foto: Arquivo pessoal

Os norte-coreanos trabalham de segunda a sábado, das 09:00 às 18:00, com duas horas de almoço, momento que aproveitam para relaxar, praticar algum esporte ou jogar baralho. Eles têm direito a 15 dias de férias por ano, que podem ser fracionados em diversas partes, bastando solicitar ao chefe quantos dias desejam tirar. Sobre a aposentadoria, os homens param de trabalhar aos 60 anos e as mulheres aos 55. Segundo a guia, o valor da aposentadoria é muito menor do que o salário que recebiam. Ela também informou que as pessoas poderiam viver bem sem o salário, pois o governo oferece tudo de que precisam, o que também reforça minha impressão de que estamos falando de um salário realmente muito baixo. Segundo a Bloomberg, seria algo em torno de 100 dólares por mês, mas minha impressão é de que seja bem menos. Alguns institutos internacionais calculam algo entre 20 e 30 dólares mensais.

Locomoção

Em qualquer lugar, no campo ou na cidade, você sempre verá as pessoas se locomovendo a pé para os mais diferentes destinos. Nas estradas, em vez de carros, ônibus ou motos, é mais comum ver gente caminhando pelos lugares mais ermos e inóspitos, não sendo possível identificar de onde estão vindo e para onde estão indo, o que me fez chegar à conclusão de que andam realmente bastante.

Pessoas andando no meio do nada. Foto: Arquivo pessoal

Mas, o meio de transporte que reina tanto na cidade como no campo é a bicicleta. Certamente, é o principal meio de transporte utilizado pelo norte-coreano. Vê-se aos montes, sendo utilizadas por idosos, crianças, militares e entregadores.

Bicicleta é o principal meio de locomoção. Foto: Arquivo pessoal

Em Pyongyang, iremos encontrar ônibus, VLT e metrô. O metrô tem uma particularidade: é o mais profundo do mundo, com 100 metros de profundidade. Ele foi construído para servir de bunker em caso de um ataque nuclear. A escada rolante leva 2:30 minutos para descer até o fundo, uma longa jornada. Outra curiosidade é que o metrô não tem saída para o solo e, segundo a guia, é o único no mundo com toda a operação subterrânea. Nós andamos de metrô por cinco estações, descendo para visitar as duas mais bonitas.

Metrô de Pyongyang. Foto: Arquivo Pessoal

Ônibus de Pyongyang. Foto: Arquivo Pessoal

VLT de Pyongyang. Foto: Arquivo Pessoal

Como transporte rodoviário, eles usam ônibus de turismo, sem muito luxo, porém mais confortáveis que os ônibus e VLTs da cidade. No entanto, não é tão comum vê-los nas estradas, já que os norte-coreanos não têm o hábito de viajar, especialmente porque existe um controle do governo que limita as viagens entre cidades, sendo necessária uma justificativa que deve ser encaminhada e submetida a uma autorização.

Na estrada, existem diversos pontos de checagem para verificar essas autorizações. No caminho de Pyongyang para Kaesong, em um trecho de cerca de 200 quilômetros, paramos em três postos do exército para isso.

Carros em Pyongyang: Só para a elite. Foto: Arquivo Pessoal

Em Pyongyang, a capital da RPDC, você encontrará muitos carros, bem mais do que eu imaginava encontrar. No entanto, para uma cidade de três milhões de habitantes (uma Curitiba, por exemplo), são realmente muito poucos, especialmente porque para ter um carro você precisa de autorização do governo e de uma boa, muito boa, justificativa. Como o regime não permite propriedade privada alguma, os carros são todos do governo e “dados de presente” para aquele que precisa do automóvel. Escrevi um post detalhando isso, pois existem curiosidades interessantes a respeito dos critérios para a obtenção de um automóvel.

Lazer e Cultura

Pyongyang oferece muita estrutura de lazer e cultura para seus habitantes, porém, não é assim em todo o país. Por ser uma cidade vitrine, é um grande privilégio morar nela, o que mostra um tremendo contrassenso quanto ao regime que promete igualdade para todos os cidadãos, mas isso é assunto para este outro post.

Mulher praticando corrida pela manhã em Pyongyang. Foto: Arquivo pessoal

As cidades do interior do país oferecem o básico. Em raros casos, vi um playground em uma pracinha ou, talvez, um campinho de futebol. Vi crianças brincando no gelo, correndo, andando de bicicleta ou patins. Nas duas cidades medianas do interior que visitei (Kaesong e Hyusan) e em mais umas 12 cidades pelas quais passei de trem ou de carro – com boa percepção de sua estrutura –, notei que, em quase todos os casos, elas são formadas por casas ou prédios residenciais, além do prédio que seria a prefeitura e uma escola. Em alguns casos, veem-se galpões industriais e/ou grandes áreas de plantio, mas nada além disso.

Crianças de Patins. Foto: Arquivo Pessoal

Já em Pyongyang, você encontra de tudo. Tem campos de futebol, quadras públicas de vôlei, até pistas de skate. Como eles têm duas horas de almoço, é comum encontrá-los jogando e brincando entre as 12:00 e as 14:00 nesses locais.

Há teatro, cinema, ginásio de esportes, bibliotecas e até um planetário. Há um zoológico com uma estrutura imensa, que não visitei, mas, pelo que vi de fora, não parecia bem cuidado. Não vi um animal sequer e ninguém visitando o local.

Zoológico de Pyongyang. Foto: Arquivo Pessoal

Eles também têm um enorme complexo utilizado para ensinar às crianças as regras do trânsito. Este complexo conta com uma grande estrutura e é muito bem decorado.

Centro de Educação de Trânsito em Pyongyang. Foto: Arquivo Pessoal

Planetário de Pyongyang. Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a guia, algumas pessoas gostam de aproveitar o inverno para esquiar. Ela contou o caso de um amigo que faltou ao trabalho para isso, acabou quebrando uma perna e precisou se ausentar por um período maior. Ele não foi demitido, pois isso praticamente não existe no país, mas foi realocado para uma tarefa menos atrativa como penalidade.

Na praça Kim Il-sung ou no estádio Kim Il-sung, realizam-se aquelas impressionantes apresentações e coreografias com sincronismo perfeito. Infelizmente, não conseguimos presenciar nenhum desses grandes eventos, mas fomos até a praça e vimos as demarcações no chão, que identificam como devem se posicionar para as coreografias. Isso faz parte da tradição e é algo que lhes dá muito orgulho.

Foto da Biblioteca de Pyongyang com vista para a Praça Kim Il-sung, local das grandes apresentações. Foto: Arquivo pessoal

Marcações no chão para as coreografias. Foto: Arquivo Pessoal

Apresentação no Estádio de Pyongyang. Foto: O Mundo numa Mochila

Mas, o mais interessante mesmo de tudo que peguei de informação sobre os hábitos deles foi o “vale-bar”. Sim, os homens – e somente os homens – recebem 10 vouchers para utilizar em bares da cidade. Segundo a guia, eles adoram ir a um happy hour. Nós pedimos para ir a um desses bares para conhecer e ela se prontificou a nos levar, porém, como já estávamos acostumados a ser sempre os únicos nos restaurantes, perguntei se seríamos os únicos no bar, com resposta afirmativa. Perguntei, então, se não haveria um bar em que pudéssemos ir e que tivesse mais gente além de nós e ela informou que não. Segundo ela, há mais movimento nos bares nos finais de semana. Perguntei se todos os homens do país recebem o “vale-bar”. Ela explicou que não, apenas os moradores de Pyongyang, e, pelo o que entendi nas entrelinhas, só moradores selecionados. Creio que seja restrito à elite, como muitas outras coisas desiguais que encontrei e que detalho melhor neste post.

No próximo post, irei abordar as diferenças sociais, enormes na Coreia do Norte, mesmo sendo um país socialista que se orgulha de lutar contra o capitalismo (segundo eles, o criador de uma sociedade desigual).

Coréia do Norte – Igualdade (Parte 8)

Começar a série pela Parte 1 (Mitos e Verdades)

 


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