Muitas pessoas conheceram a minha história e recomendam o meu perfil para que pessoas que passaram por uma grande perda, possam encontrar textos de apoio e dicas para passar pelo luto de forma saudável. E gostaria de dizer algo para estes.
Hoje, finados, é o dia em que nós nos lembramos daqueles que partiram, mas que na verdade nunca foram esquecidos. Ainda estão de certa forma vivos dentro de nós, e ainda bem.
Mas como estas pessoas estão vivas dentro de nós? Como elas estão sendo lembradas?
É uma tendência natural nossa de guardar como memória da pessoa que partiu, a dor, a tristeza e os últimos momentos que tivemos com ela, e que muitas vezes, foram momentos difíceis, como no meu caso e no de muitos outros.
E como você gostaria de ser lembrado? Com tristeza, com pesar? Ou pela pessoa alegre, pelos seus sonhos, pelas suas lutas, pelas suas conquistas, pelo seu sorriso, pela pessoa amigável e querida que você foi?
Assim como não queremos ser lembrados com sentimentos negativos, devemos ter a mesma preocupação para como guardamos as memórias daqueles que já partiram.
Ao pensar em alguém que partiu, cuide do seu sentimento para com esta pessoa, não deixe que memórias de dor e sofrimento sejam associadas à ela. Lembre-se dos bons momentos, das alegrias, das vezes que riram até doer a barriga, das vezes que ela te consolou ou das vezes que fizeram planos e sonharam juntos, mesmo que estes sonhos não tenham sido realizados.
Nós somos muito mais do que os últimos minutos que passaremos aqui, e aqueles que se foram devem viver em nossos corações pela sua passagem em nossas vidas por completo, e não apenas os últimos momentos.
Eu tive algumas perdas, mas é inegável que a maior de todas foi a Fabi. Ela tinha um brilho no olhar, um sorriso, uma alegria contagiante que é impossível de se esquecer. Não sei como tantos sonhos cabiam dentro de uma pessoa só, e tanto carinho e generosidade. Tivemos sim momentos muito difíceis até a sua partida, e por mais que eu seja tentado a me lembrar dela com dor, com tristeza pensando naqueles últimos momentos ali no hospital, eu logo direciono meus pensamentos para quem a Fabi realmente era, e ela não era dor, não era sofrimento. Ela era alegria, paz, sonhos e vontade de viver.
A vida vai seguindo, o tempo vai passando, mas estes que hoje nos lembramos com mais profundidade, nunca foram e jamais serão esquecidos. Eles conquistaram um espaço cativo em nossos corações, e que este espaço que conquistaram, seja marcado por amor, alegria, carinho e saudade.
Abraços,
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